Viagens de incentivo ganham força 7/10/2008 - Fonte: Folha de S. Paulo Baseado em estímulos aos bons funcionários, modelo cresce nos EUA e já tem adeptos aqui
Dentro da tendência de especialização, um ramo chama a atenção no turismo corporativo: o de viagens de incentivo. Utilizada por empresas que premiam seus funcionários, a iniciativa ganha adeptos em todo o mundo. Nos Estados Unidos, de US$ 40 bilhões destinados ao marketing promocional, US$ 15 bilhões são para viagens de incentivo, segundo Edmundo Monteiro Almeida, vice-presidente de desenvolvimento setorial da Ampro (Associação de Marketing Profissional). "É um setor que está crescendo e há muitas possibilidades de negócio nesse mercado." Acompanhando a tendência, o Ministério do Turismo criou a Diretoria de Lazer e Incentivos, cujo objetivo é desenvolver ações específicas em feiras especializadas nesse mercado. Um dos pioneiros no ramo, Ibrahim Georges Tahtouh, da operadora IT-Viagem, diz ter percebido um incremento desse segmento há dois anos. "Entre 1986 e 1991 houve um boom de viagens de incentivo. Depois, um período de ressaca, no qual as empresas enxugaram seus recursos. Hoje noto a retomada dessas viagens", diz. Especializada em empresas japonesas no Brasil, a empresária Mami Fumioka, da Quickly Travel, percebeu a tendência e estendeu o atendimento de viagens para as de incentivo. "Escolho com os clientes o destino, a acomodação e todos os detalhes dos passeios. É preciso entender a necessidade da empresa, que chega a pagar viagens para cem pessoas", diz.
Contraponto Mas nem todos se mostram animados com o novo formato. Oscar Marques, proprietário da agência Gabbiano Viagens, por exemplo, diz que as viagens de incentivo não apresentaram o resultado desejado: "Muitos funcionários trocaram a viagem por dinheiro". Segundo a professora Elizabeth Wada, da Anhembi Morumbi, trata-se de um nicho que exige especialização. "A jornada deve ser personalizada e planejada. Não pode ser um pacote pronto", ressalta. "Deve ser uma viagem inesquecível. O profissional tem de sentir a gratificação da empresa por seus serviços, caso contrário, não se empenhará tanto da próxima vez", diz Tahtouh. A professora Denise Torello, do Senac-SP, enfatiza a importância da divulgação. "Por ser desconhecido, as empresas que prestam esse serviço devem divulgá-lo com veemência." (MCN) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário