terça-feira, 21 de outubro de 2008

Viagens no Marketing de Incentivo



Viagens de incentivo ganham força

7/10/2008 - Fonte: Folha de S. Paulo

Baseado em estímulos aos bons funcionários, modelo cresce nos EUA e já tem adeptos aqui

Dentro da tendência de especialização, um ramo chama a atenção no turismo corporativo: o de viagens de incentivo.
Utilizada por empresas que premiam seus funcionários, a iniciativa ganha adeptos em todo o mundo. Nos Estados Unidos, de US$ 40 bilhões destinados ao marketing promocional, US$ 15 bilhões são para viagens de incentivo, segundo Edmundo Monteiro Almeida, vice-presidente de desenvolvimento setorial da Ampro (Associação de Marketing Profissional).
"É um setor que está crescendo e há muitas possibilidades de negócio nesse mercado."
Acompanhando a tendência, o Ministério do Turismo criou a Diretoria de Lazer e Incentivos, cujo objetivo é desenvolver ações específicas em feiras especializadas nesse mercado.
Um dos pioneiros no ramo, Ibrahim Georges Tahtouh, da operadora IT-Viagem, diz ter percebido um incremento desse segmento há dois anos.
"Entre 1986 e 1991 houve um boom de viagens de incentivo. Depois, um período de ressaca, no qual as empresas enxugaram seus recursos. Hoje noto a retomada dessas viagens", diz.
Especializada em empresas japonesas no Brasil, a empresária Mami Fumioka, da Quickly Travel, percebeu a tendência e estendeu o atendimento de viagens para as de incentivo.
"Escolho com os clientes o destino, a acomodação e todos os detalhes dos passeios. É preciso entender a necessidade da empresa, que chega a pagar viagens para cem pessoas", diz.

Contraponto
Mas nem todos se mostram animados com o novo formato. Oscar Marques, proprietário da agência Gabbiano Viagens, por exemplo, diz que as viagens de incentivo não apresentaram o resultado desejado: "Muitos funcionários trocaram a viagem por dinheiro".
Segundo a professora Elizabeth Wada, da Anhembi Morumbi, trata-se de um nicho que exige especialização. "A jornada deve ser personalizada e planejada. Não pode ser um pacote pronto", ressalta.
"Deve ser uma viagem inesquecível. O profissional tem de sentir a gratificação da empresa por seus serviços, caso contrário, não se empenhará tanto da próxima vez", diz Tahtouh.
A professora Denise Torello, do Senac-SP, enfatiza a importância da divulgação. "Por ser desconhecido, as empresas que prestam esse serviço devem divulgá-lo com veemência." (MCN)

 


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